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Arquitetos: Brigati - Polak Arquitectos
- Área: 650 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Ramiro Sosa
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Fabricantes: 3D Home, Acima-R S.A, Balcarce 54, Dla Revestimientos, Ecobuilding S.A, Foni Muebles , Fontenla, Fremtec Energía Solar, Gisa Asadores, MARMOLERIA MARRONE, Rosario Designio, Siparq, Wilson Tobal, Ángelo Iluminación

Descrição enviada pela equipe de projeto. Contexto – A obra se localiza em um ambiente suburbano, a 40 quilômetros da cidade de Rosario, Argentina, em uma clareira de eucaliptos que emolduram e definem a atmosfera do projeto. A presença dessa floresta condiciona a implantação e confere um caráter distintivo: a arquitetura não domina o lugar, mas convive com ele, reconhecendo o valor do tempo e da natureza como protagonistas.

Ideia e poética – Em nosso estúdio, concebemos cada obra como uma oportunidade para refletir sobre as mudanças na forma de habitar. A casa não é entendida como uma peça estática, mas como um organismo que responde aos modos atuais de vida e à transformação constante das famílias.

A busca não reside em agradar expectativas alheias – nem de clientes nem de jurados –, mas em gerar um processo de investigação que, embora desafiador, permita deixar premissas autênticas e válidas para projetos futuros. Sabemos que desistir da arquitetura crítica pode resultar em insatisfação; por isso, cada obra é proposta como um ensaio aberto, disposto a propor uma nova visão.


Espacialidade e programa – O projeto reconhece os novos usos da vida contemporânea: a flexibilidade dos espaços, a difusa fronteira entre o público e o privado, o social e o espaço pessoal, a necessidade de ambientes de encontro e, ao mesmo tempo, de refúgio.

Dessa forma, evitaram-se repetições e fórmulas conhecidas, buscando que cada ambiente encontre sentido em sua relação com a floresta circundante. A transparência, os percursos diagonais e as aberturas estratégicas geram um vínculo permanente com os eucaliptos, integrando a vida doméstica a uma paisagem de sombra, aroma e memória.


Materialidade e tecnologia – Os materiais escolhidos respondem tanto à nobreza construtiva quanto à intenção poética: concreto aparente e madeira para consolidar a estrutura e o enraizamento; vidro e aço para enfatizar a leveza e o diálogo com a natureza. A materialidade acentua a dualidade desejada entre permanência e transformação, entre peso e leveza, entre refúgio e abertura. Cada obra deve responder, em termos tecnológicos e conceituais, ao tempo histórico que habita — e enfrentar as questões que esse tempo propõe.


A nossa principal busca foi a obtenção de energia. Assim, em resposta a essa questão tão presente em nosso tempo, a solução encontrada foi a geotermia — o aproveitamento da crosta terrestre como uma máquina termodinâmica capaz de gerar climatização, produzir água quente sanitária e, em conjunto com a radiação solar, constituir um sistema integrado de energia sustentável.

Esta casa não pretende ser um objeto isolado nem um gesto de autoria, mas uma peça que se insere no tempo e na paisagem. É um ensaio arquitetônico que busca compreender as transformações do habitar, propor novas formas de vida e resistir à repetição — um processo contínuo de investigação. Em cada obra, aspiramos que a arquitetura vá além da simples resposta a uma necessidade, tornando-se uma oportunidade para questionar o presente e imaginar o futuro.































